Aproveitando o gancho do post sobre o Campo de Concentração de Dachau, eu vou falar neste post sobre o único Museu do Holocausto que existe no Brasil. Ele fica aqui em Curitiba, é super novo e tem uma estrutura excelente.
Bom, confesso que eu ainda não tinha ouvido falar sobre esse museu e digo que fiquei impressionado quando realizei a visita. Fiquei muito feliz em ver o cuidado que foi tomado em cada detalhe do museu. Depois de ter visitado um campo de concentração na Alemanha, descobrir aqui, na minha cidade, uma parte daquela história, é realmente impressionante.
O museu é dedicado ao tema da perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Ele é mantido pela Associação Israelita da cidade e a visita é gratuita. Você pode realizar tanto uma visita livre, durante a semana, ou guiada, aos domingo (ambas não são cobradas). O museu não abre aos sábado. Para visitar o museu é necessário realizar uma agendamento pelo site com dois dias de antecedência.
As visitas guiadas duram, em média, uma hora, mas você tem um tempo livre para permanecer no museu. Eu realizei a visita guiada e achei de extrema importância, já que o museu vai além do contexto histórico e apresenta histórias de vida dos sobreviventes. Muitas histórias são de sobreviventes que vieram para o Brasil, o que dá a visita uma emoção extra.
Um dos pontos que mais me tocou no museu é que eles não querem te chocar com os números trágicos do holocausto. Eles te fazem refletir, não por pensar na quantidade exorbitante de pessoas que morreram, mas sim, em cada um, individualmente. Em exposição você pode ver um sapato, uma boneca, coisas simples, mas que foram de alguém. Mas quem? De quem eram essas coisas? O que aconteceu com cada um? São perguntas assim que te fazem refletir.
O museu também apresenta depoimentos em vídeo de sobreviventes, telefones para ouvir histórias, fotografias, documentos, entre outras coisas, tudo para que o visitante possa entender a mensagem que eles querem passar.
Vale destacar que a maior parte dos itens do Museu do Holocausto de Curitiba são doações que vem de diferentes lugares do mundo. Com destaque ao Museu do Holocausto de Jerusalém, Washington e Auschwitz. A fundação do cineasta Steven Spielberg também contribuiu com materiais em vídeo. E, é claro, muita coisa é doada ao museu por filhos e netos de sobreviventes. Infelizmente a estrutura não permite expor tudo que eles tem.
Não posso deixar de destacar o foco que o museu tem com escolas. Passar a mensagem de tudo que gira em torno do holocausto, para crianças e jovens, é tão importante, que a agenda para visita de escolas já está lotada até o fim do ano.
Bom, eu achei incrível conhecer este lugar e se você tiver a oportunidade, não deixe passar.
O museu fica na R. Cel. Agostinho Macedo, número 248, no bairro Bom Retiro. Vale lembrar que fotos não são permitidas. Ao entrar você precisa apresentar documento com foto e passar por detector de metais.
As fotos apresentadas neste post foram cedidas pelo Museu do Holocausto de Curitiba.
Participaram da 2º edição do Curitiblogando que ocorreu entre 16 e 18 de agosto de 2013: Anna Martinelli e Mariana Fachin (Finestrino), Marcos Coqs e Amanda Malucelli (Viajão), Carol Moreno (Mochilão Trips), Beta Rodrigues e Dea Sales (Férias de Mochila), Robson Franzói (Um Viajante), Natasha Schiebel e João Guilherme Brotto (Pra Ver em Londres), Simone Jung e Hiroshi Homma (Flashes de Viagem), Leidinara Batista (Férias Now), Fernanda Souza (Preciso Viajar), Jr Caimi (Tip Trip Viagens), Cristiane Tomasi (Carpe Diem) e Fábio Mesquita (Be Free)
Blogueiros convidados: Lilian Brandão e Helder Ribeiro (Nerds Viajantes), Monique Ribeiro (Diário Radical) e Tatiana Dornelis (Destino Mundo Afora).
A organização das atividades do segundo encontro dos blogueiros contou com os seguintes patrocinadores: Mala Pronta e Flex Câmbio; com o apoio do Curitiba Região e Litoral Convention & Visitors Bureau e da Página 1 Comunicação e com os colaboradores Mercearia Bresser, Baggio Pizzaria e Focacceria, Artesalino Café e Bistro, TAJ Bar, Cupcake Company, Knock Knock Hostel, Lafort, Pulp Edições, Kuritbike, MON – Museu Oscar Niemeyer, Museu Holocausto e Hotel CWB Express.
Conheço a história triste por trás do holocausto vendo vídeos e informações na internet apenas. Me emocionei e chorei muito ao ver os filmes relacionados; A Lista de Schindler; Memorial de Auschwitz; Noite e Neblina (1955); O Diário de Anne Frank (1959); Cinzas de Guerra (2001) entre outros e só de ver as imagens no museu de Curitiba fico em um estado de silêncio, tristeza profunda e nostalgia. Respeito cada imagem que ali esta, tanto quanto cada objeto pessoal que lá esta. Para quem não conhece, será bom visitar e ter uma dimensão de até onde vai a ignorância, covardia e intolerância humana. Quando for visitar procure saber a história real que há em cada objeto que tem ali, não há invenção ou sensacionalismo, apenas vestígios reais de algo terrível que “nunca mais pode acontecer”. Vi um pequeno sapato de criança, e simultaneamente pensei o que ela deve ter passado, para que só seu sapato ficasse para trás, penso isso ao ver cada objeto pessoal; sapato, mala, óculos…. Neste ambiente, não é lugar de piadas, risos, deboches, comentários maldosos ou coisas deste tipo. Certo dia em uma reportagem ao museu de Curitiba na TV, vi dois jovens rindo não sei exatamente do que quando estavam visitando o museu, totalmente sem noção alguma de onde estavam. Sou Curitibano, 49 anos e não tenho descendência com Judeus, mas cinto um respeito imenso por eles e por todas as outras pessoas injustiçadas e brutalizadas por pessoas que não deveriam ser chamadas de seres humanos, e sinto certa culpa, como se pudesse voltar no tempo e impedir que tudo isso tivesse ocorrido. Que Deus esteja com cada um destas pessoas massacradas oprimidos na eternidade.
Muito bom o Museu do holocausto foi o primeiro item na minha lista de visotas em curitiba quando resolvi vir e olha que venho de longe – RN
Excelente texto Robson. Estou com uma viagem marcada para o junho de 2017 para Curitiba e estava pegando algumas dicas em diferentes blogs, e o seu foi o único que eu vi que tinha algo sobre o Museu do Holocausto. Certamente farei uma visita. Muito obrigado pela dica.
Oi Robson, sensacional seu blog! Legal também da sua parte fazer tópicos de onde você mora. Moro também em Curitiba, e acabo não me considerando “turista”, mas deveríamos aproveitar mais. hahaha Existe também o museu egípcio no bacacheri, sempre ensaio de ir lá e acabo não indo!!
Parabéns novamente pelos outros tópicos!!
Moro no bairro Bom Retiro e nem sabia da existência desse museu.
Obrigado pelo post,vou visitar.
Abraço.
Vale a pena viu Ricardo… Eu me surpreendi! Certamente é um dos museus mais completos sobre o tema no Brasil… a estrutura é muito bacana!
Depois me conta o que achou!! Abraço!!
Adorei o blog! Parabéns pelo post e pelo blog. Se puder dê uma olhada no meu blog, suas dicas nos meus posts por meio de comentários serão muito bem vindas!
Pois saiba que ainda nao fui em Curitiba, mas pretendo ir somente pra ter a chance de visitar esse museu. Li O DIARIO DE ANNE FRANK e quase fiquei maluca com as confidencias que ela fazia ao seu diario. E sempre vivo a assistir filmes dessa epoca. O ultimo que assisti foi CORAÇÕES DE FERRO com Pitt, ótimo!
Oi Leila, tudo bom? Acho que você vai gostar muito de Curitiba e olha, esse museu é um diferencial…. mas não deixe de visitar o MON, que é meu favorito!! 😀
Que legal! Fui recentemente à Curitiba, mas até então nunca tinha ouvido falar desse museu. Estará no roteiro da próxima visita. Valeu ;D